domingo, 10 de fevereiro de 2008


Odelay! Autenticidade anos 90!

Se ligou no cachorro na capa?


BECK - Odelay - Geffen/MCA
Fax para Sérgio (SHOWBIZZ)
De: Zeca Camargo
Assunto: Deus
Sérgio, não vai dar para disfarçar: Odelay é o melhor disco do ano. Claro que eu não usei essa frase na resenha, como você pode conferir. Mas nothing compares to DIS! Listen: E um dia chegou Beck e acabou com tudo. Com essa bobajada de rock alternativo, com essa corja de bandinhas de nomes espertos, com essa chatice de guitarras que não querem dizer nada e com a inútil avalanche de vocais roucos e pseudônimos. Completamente moderno, Beck acabou com tudo isso com uma manobra tão simples, mas tão simples, que não dá para acreditar como tantos artistas se esqueceram disso: ser original. Odelay não se parece com nada que foi lançado nos últimos anos, nem mesmo com o anterior de Beck, Mellow Gold. Por isso mesmo, o disco tem uma importância tão grande na quebra de barreiras quanto Achtung Baby, do U2, ou 3 Feet High And Rising, do De La Soul. Seria difícil resistir à tentação de não evocar Sgt. Peppers, não fosse pelo fato de que Beck não ligasse para uma comparação desse nível. Então, dane-se. Vamos nos concentrar em algumas das tantas razões que tornam Odelay uma obra-prima. Que tal dez para começar?


1 - O refrão de "Devils Haircut";
2 - O clima bossa-nova de "Readymade", confirmado em seguida por alguns acord de "Desafinado";
3 - O sambinha (com direito à cuíca) misturado com eletrofunk (início dos anos 80) de "High 5";
4 - O potencial hipnótico de "Where Its At";
5 - A levada fofa de "Jack-Ass";
6 - O clima oriental de "Delerict";
7 - A bizarra combinação de blues com soft dance e até com uma sanfona (será de baião?) e mais umas distorçõezinhas em "Hotwax";
8 - A introdução de "Novocane";
9 - A retrô new wave de "Minus";
10 - "The New Polution" (inteirinha, sem especificações); Como Já foi sugerido, essas são só as dez primeiras razões. Outras virão.

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