quinta-feira, 15 de janeiro de 2009


Nada melhor que música aos ouvidos, pois a música é um intrumento capaz de unir povos e culturas sendo uma das linguagens mais democráticas e expansivas. O disco é o Dark Side of the Moon do Pink Floyd que traz o ser humano a uma reflexão sobre a expansão de muitas coisas que vão além daquelas materiais que nossa sociedade insiste "preferenciar". Uma sonzera com uma infinidade de ritmos e orquestrações, crítica e universo...A minha faixa preferida é Us and Then...


"O principal mérito da obra é a contextualização que Harris faz do início da carreira do Pink Floyd com a criação do álbum, algo essencial se pensarmos que a história de “Dark Side” é mais longa do que se imagina e se confunde com a própria história da banda. Da saída do líder Syd Barret à forma como ele próprio influenciou o conceito de “Dark Side”, conforme relata o próprio autor. “Ao elevar as invenções humanas, como tempo e dinheiro, a um plano em que elas acabam por nos controlar, perdemos nosso conceito do que é ser humano – empáticos, compassíveis, sociáveis –, e chegamos a uma maneira tão corrompida de pensar que a loucura estava próxima de se tornar uma conseqüência lógica”. (...) A complexidade do álbum se confunde à complexidade do próprio ser humano. Os temas universais do disco (os tais problemas que afetam o ser humano como submissão ao tempo e dinheiro, paranóias, solidão, falta de empatia) ainda são vividos por todos."
Fonte: Whiplash.net

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Depois da estabilização da economia e da gradativa eliminação da miséria, atingir a qualidade na educação pública deveria ser a próxima meta do País! Em homenagem ao Oscar Niemayer!


Fotos: Fundação Niemayer - http://www.niemeyer.org.br/

Educação para todos


O Brasil ocupa uma área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e hoje somos aproximados 180 milhões de habitantes. Em números, a quinta maior população do mundo. Os indicadores econômicos, cada dia mais espetaculares, influenciados pela venda de produtos destinados ao mercado externo bem como o crescente fluxo de compras no mercado interno, içam o País a uma gradativa eliminação das desigualdades econômicas – cabe mencionar o crescimento continuo das vendas de bens duráveis nos últimos anos – o que leva a dizer que desde então parecemos caminhar para um futuro promissor!
Porém, nas entrelinhas, descobre-se a locomotiva a vapor nos tempos dos aviões da Embraer. Se olharmos mais atentamente para a composição das commodities, por exemplo, veremos um irremediável atraso - depois de quinhentos anos continuamos a ser o grande exportador de matérias-primas – antes o ouro e o Pau-Brasil; hoje os grãos e o minério de ferro, sem falar na biodiversidade que é surrupiada sem antes sabermos das suas propriedades – e a importar produtos que dependem do desenvolvimento da tecnologia.
Isso demonstra que nossa é crise mesmo a incapacidade de fomentar uma educação de qualidade e de vanguarda, do ensino básico aos setores da pesquisa e do desenvolvimento - Isto é! O ensino no Brasil não é assunto tratado à sério e tampouco prioritário! E por quê? Porque se esquece que o ensino é a base individual para entender o meio que nos cerca e atuar com as ferramentas existentes a fim de atuar numa sociedade complexa, desenvolvendo-na os critérios mais humanistas, por conseguinte! Sem dizer, mas já dizendo, que a educação plena, entre outros direitos sociais previstos na Constituição Federal é direito de “todos os brasileiros”, sem distinções. (Artigo 6º)
Talvez o nosso recente progresso já nos de expectativa de realizações mais promissoras. Porém, como dizia um comercial de TV: “Potência não é nada sem controle” – não o controle opressor é claro, mas o direcionamento das nossas capacidades. Ou seja, além de inegavelmente estarmos nos enquadrando numa hipótese de potência econômica, também temos o dever de qualificar este potencial, e a educação é o meio. Talvez, criteriosamente informados, comecemos a pensar como sociedade de língua portuguesa, nascidos num país tropical de clima ameno, com imensos recursos naturais e amantes do futebol que somos. Talvez comecemos a nos enquadrar em uma unidade e nos sentir de fato participantes de um povo com história e desafios. F.Tasso

quarta-feira, 25 de junho de 2008


Innervisions!! Clássico do Steve Wonder!
Pérola!
Para escutar e arrisar alguns passos, ir além, exercitar a sensibilidade através do talento deste artista americano visionário!

Foi quando Steve Wonder fundiu seu incrível talento como compositor com sua preocupação política/social durante a década de 70, que produziu uma série de excelentes álbuns, essenciais para qualquer coleção de discos que se preze. E este é um deles.
Innervisions contém pérolas como “Living for the City”, com oito minutos de duração e causa uma ótima impressão devido ao poder narrativo de Wonder, trazendo a juventude negra do interior do Mississipi para a cidade. “Too High” fala basicamente sobre drogas e é guiada por uma grooveada linha de baixo. “Higher Ground” - posteriormente gravada pelos Red Hot Chili Peppers - ilustra todo o potencial funk/soul do compositor.
O álbum é a expressão musical de um gênio que conseguiu falar de temas como reencarnação e meditação transcendental em um contexto pop, e ao mesmo tempo lançar manchetes políticas escandalosas. Innervisions prova que Stevie Wonder foi realmente um deficiente visual visionário, que enxergava muito além da maioria dos artistas da época em que o disco foi lançado.





Resenha: http://www.revistatoro.com.br/reviews.php

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sobre viagens e o contato com um mundo até então imaginado. Foto: Tiradentes, MG.
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Na época em que viajei regularmente ao Ártico, sempre perguntava aos yupiks, inupiats e inuits como eles definiam as pessoas que pertenciam à civilização da qual eu fazia parte. "Solitárias" foi uma resposta que ouvi com perturbadora frequência. A cura para a solidão, acabei por me dar conta, não está no aumento dos contatos sociais. Encontra-se antes na capacidade de estabelecer e manter relacionamento consequentes e num clima de intimidade. Decidi falar sobre isso porque é o desejo de intimidade aquilo que sinto com mais força toda vez que percorro paisagens como essas, tão bem evocadas nestas páginas. E aprendi que jamais sou invadido pelo entusiasmo provocado pela intimidade a menos que me torne vulnerável ao local, a menos que me aproxime da paisagem sem nenhum preconceito, a menos que confie na indiferença do lugar em relação a mim. Assim, sempre que viajo, tento me aproximar do território como se ele fosse uma pessoa. Tento me relacionar com ele como se tivesse sentido tão complexo quanto a personalidade humana. Para tanto espero que ele se manifeste. O tempo que for necessário. Espero. E espero.<



Por Barry Lopez, na reportagem "Terra de Gelo"
*Texto publicado na edição de Dez/07 da National Geographic.

domingo, 10 de fevereiro de 2008


Odelay! Autenticidade anos 90!

Se ligou no cachorro na capa?


BECK - Odelay - Geffen/MCA
Fax para Sérgio (SHOWBIZZ)
De: Zeca Camargo
Assunto: Deus
Sérgio, não vai dar para disfarçar: Odelay é o melhor disco do ano. Claro que eu não usei essa frase na resenha, como você pode conferir. Mas nothing compares to DIS! Listen: E um dia chegou Beck e acabou com tudo. Com essa bobajada de rock alternativo, com essa corja de bandinhas de nomes espertos, com essa chatice de guitarras que não querem dizer nada e com a inútil avalanche de vocais roucos e pseudônimos. Completamente moderno, Beck acabou com tudo isso com uma manobra tão simples, mas tão simples, que não dá para acreditar como tantos artistas se esqueceram disso: ser original. Odelay não se parece com nada que foi lançado nos últimos anos, nem mesmo com o anterior de Beck, Mellow Gold. Por isso mesmo, o disco tem uma importância tão grande na quebra de barreiras quanto Achtung Baby, do U2, ou 3 Feet High And Rising, do De La Soul. Seria difícil resistir à tentação de não evocar Sgt. Peppers, não fosse pelo fato de que Beck não ligasse para uma comparação desse nível. Então, dane-se. Vamos nos concentrar em algumas das tantas razões que tornam Odelay uma obra-prima. Que tal dez para começar?


1 - O refrão de "Devils Haircut";
2 - O clima bossa-nova de "Readymade", confirmado em seguida por alguns acord de "Desafinado";
3 - O sambinha (com direito à cuíca) misturado com eletrofunk (início dos anos 80) de "High 5";
4 - O potencial hipnótico de "Where Its At";
5 - A levada fofa de "Jack-Ass";
6 - O clima oriental de "Delerict";
7 - A bizarra combinação de blues com soft dance e até com uma sanfona (será de baião?) e mais umas distorçõezinhas em "Hotwax";
8 - A introdução de "Novocane";
9 - A retrô new wave de "Minus";
10 - "The New Polution" (inteirinha, sem especificações); Como Já foi sugerido, essas são só as dez primeiras razões. Outras virão.

domingo, 20 de janeiro de 2008




Willian Michaud era suíco. Emigrou para o Brasil em 1848 aos 19 anos. Estabeleceu-se na região de Guaraqueçaba, e foi um dos pioneiros em retratar a região. Conhecido como o "pintor de superagui", morreu em 1902 neste município. "Entre as obras citadas na iconografia do Estado do Paraná, o Pintor de Superagüí está bem representado. Suas qualidades de ilustrador do cotidiano e sobretudo sua interpretaçao pessoal da natureza são caracterizadas pela vegetação tropical que Michaud conseguiu pintar como poucos." Texto extraído de Leonidas Boutin: Superagui. 1983 e Emílio Scherer: Michaud, o pintor de Superagui.

Tem obras suas no acervo do MON...Segue trecho de uma das cartas enviadas à Suíça:

"As vinhas estão carregadas de frutos que começam a amadurecer, a vindima seráem janeiro, temos cana-de-açúcar o ano todo, também as bananas, de abril asetembro são as laranjas e outras frutas; portanto, vez que, neste país privilegiado,as flores e os frutos se sucedem sem interrupção o ano todo. Mas, também existe oreverso da medalha: as febres intermitentes (que não existem quase sobre asmesetas do interior), a dificuldade da criação do gado, por causa dos “vampiros”(morcegos) que chupam o sangue dos animais, ocasionando-se úlceras, onde asmoscas depositam suas larvas. Também deve-se pensar em um país onde não fazfrio, nem inverno, o verde é constante, as ervas daninhas crescem com um vigordesconhecido na Europa, sendo o principal trabalho do agricultor arrancá-las,secando-as e deixando sobre o terreno, formando uma cobertura vegetal, pois, senão são extirpadas, asfixiam as plantas que nada produzem; apesar de todos estesinconvenientes e de outros, este é um paraíso para as pessoas pobres, honradas etrabalhadoras, que vivem em abundância e não temem os longos invernos daEuropa, tão frios e terríveis para os pobres."

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

sobre a expansão do universo...

A ciência exige métodos e repetições. Novas teorias sobrepõe as antigas ou as atualizam. A constatação de que não conseguimos provar ou repetir todos os fenômenos, ao mesmo tempo deve manter acesa a busca pela compreensão...A NG por vezes publica artigos sobre astrônomia...


[Mas a descoberta mais curiosa e inesperada, aquela que de fato iria "modificar profundamente nossas concepções fundamentais do espaço e do tempo", como previra Spitzer, ocorreu no ano seguinte ao de sua morte. Duas equipes de astrônomos estavam usando o Hubble para investigar supernovas - explosões de estrelas - em galáxias remotas no espaço e no tempo. Estavam interessados sobre tudo em uma categoria específica de supernovas cujo o brilho intrínsico faz com que sejam usadas como "velas-padrão", convenientes para avaliar as alterações do ritmo de expansão do universo desde que a luz foi emitida nas longínquas explosões. A expectativa deles era encontrar uma redução no ritmo de expansão ao longo das eras, pois supunham que a expansão cósmica deveria ser contida pela atração gravitacional exercidas por todas as galáxias entre si - da mesma maneira que uma bola de futebo, lançada para o alto acaba perdendo impulso e velocidade por causa da gravidade terrestre. Se a desaceleração cósmica estivesse acima de determinado valor, o universo acabaria por interromper sua expansão e sofreria um colapso, como uma bola retornando a superfície da Terra; caso contrário, se a desaceleração fosse menor que o valor de referência, o universo continuaria a expandir-se indefinidamente. Estupefados, os astrônomos não encontraram nenhuma redução na expansão cósmica - pelo contrário, ela estava aumentando. Além disso, tal aceleração imprevista teve início a 5 bilhões de ano. É como se uma bola, ao ser lançada no ar, tivesse sua velocidade primeiro reduzida e depois acelerada, desaparecendo em seguida na distância. Ora, nenhuma força natural existente na Terra é capaz de tal coisa - e nenhuma força no universo conhecido poderia estar acelerando a velocidade de expansão do universo. E essa força recém-descoberta não é nada sútil: com base na famosa equação E=mc², formulada por Einstein - segundo a qual a energia e a matéria são lados da mesma moeda -, os cientistas calculam que a nova força compreende nada menos que 70% de toda a amtéria e energi do universo.] Por Timothy Ferris, National Geographic, Nov 2007 - foto: nasa