quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Depois da estabilização da economia e da gradativa eliminação da miséria, atingir a qualidade na educação pública deveria ser a próxima meta do País! Em homenagem ao Oscar Niemayer!


Fotos: Fundação Niemayer - http://www.niemeyer.org.br/

Educação para todos


O Brasil ocupa uma área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e hoje somos aproximados 180 milhões de habitantes. Em números, a quinta maior população do mundo. Os indicadores econômicos, cada dia mais espetaculares, influenciados pela venda de produtos destinados ao mercado externo bem como o crescente fluxo de compras no mercado interno, içam o País a uma gradativa eliminação das desigualdades econômicas – cabe mencionar o crescimento continuo das vendas de bens duráveis nos últimos anos – o que leva a dizer que desde então parecemos caminhar para um futuro promissor!
Porém, nas entrelinhas, descobre-se a locomotiva a vapor nos tempos dos aviões da Embraer. Se olharmos mais atentamente para a composição das commodities, por exemplo, veremos um irremediável atraso - depois de quinhentos anos continuamos a ser o grande exportador de matérias-primas – antes o ouro e o Pau-Brasil; hoje os grãos e o minério de ferro, sem falar na biodiversidade que é surrupiada sem antes sabermos das suas propriedades – e a importar produtos que dependem do desenvolvimento da tecnologia.
Isso demonstra que nossa é crise mesmo a incapacidade de fomentar uma educação de qualidade e de vanguarda, do ensino básico aos setores da pesquisa e do desenvolvimento - Isto é! O ensino no Brasil não é assunto tratado à sério e tampouco prioritário! E por quê? Porque se esquece que o ensino é a base individual para entender o meio que nos cerca e atuar com as ferramentas existentes a fim de atuar numa sociedade complexa, desenvolvendo-na os critérios mais humanistas, por conseguinte! Sem dizer, mas já dizendo, que a educação plena, entre outros direitos sociais previstos na Constituição Federal é direito de “todos os brasileiros”, sem distinções. (Artigo 6º)
Talvez o nosso recente progresso já nos de expectativa de realizações mais promissoras. Porém, como dizia um comercial de TV: “Potência não é nada sem controle” – não o controle opressor é claro, mas o direcionamento das nossas capacidades. Ou seja, além de inegavelmente estarmos nos enquadrando numa hipótese de potência econômica, também temos o dever de qualificar este potencial, e a educação é o meio. Talvez, criteriosamente informados, comecemos a pensar como sociedade de língua portuguesa, nascidos num país tropical de clima ameno, com imensos recursos naturais e amantes do futebol que somos. Talvez comecemos a nos enquadrar em uma unidade e nos sentir de fato participantes de um povo com história e desafios. F.Tasso

Um comentário:

Thiago Assunção disse...

É isso aí Fabi! Educação é o caminho, claro! Basta ver a experiência de alguns países da Ásia, como Singapura, Coréia do Sul, que investiram pesado por décadas a fio em educação em todos os níveis e hoje ostentam indicadores econômicos e sociais de fazer inveja aos demais países do terceiro mundo. Existem iniciativas louváveis no Brasil, como a peregrinação insistente do Cristóvão Buarque e o recém lançado movimento "Todos pela Educação" (http://www.todospelaeducacao.org.br)
Parabéns pelo artigo, e vamos fazendo nossa parte!
Abraço!