quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Fotos: Fundação Niemayer - http://www.niemeyer.org.br/
Educação para todos
O Brasil ocupa uma área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e hoje somos aproximados 180 milhões de habitantes. Em números, a quinta maior população do mundo. Os indicadores econômicos, cada dia mais espetaculares, influenciados pela venda de produtos destinados ao mercado externo bem como o crescente fluxo de compras no mercado interno, içam o País a uma gradativa eliminação das desigualdades econômicas – cabe mencionar o crescimento continuo das vendas de bens duráveis nos últimos anos – o que leva a dizer que desde então parecemos caminhar para um futuro promissor!
Porém, nas entrelinhas, descobre-se a locomotiva a vapor nos tempos dos aviões da Embraer. Se olharmos mais atentamente para a composição das commodities, por exemplo, veremos um irremediável atraso - depois de quinhentos anos continuamos a ser o grande exportador de matérias-primas – antes o ouro e o Pau-Brasil; hoje os grãos e o minério de ferro, sem falar na biodiversidade que é surrupiada sem antes sabermos das suas propriedades – e a importar produtos que dependem do desenvolvimento da tecnologia.
Isso demonstra que nossa é crise mesmo a incapacidade de fomentar uma educação de qualidade e de vanguarda, do ensino básico aos setores da pesquisa e do desenvolvimento - Isto é! O ensino no Brasil não é assunto tratado à sério e tampouco prioritário! E por quê? Porque se esquece que o ensino é a base individual para entender o meio que nos cerca e atuar com as ferramentas existentes a fim de atuar numa sociedade complexa, desenvolvendo-na os critérios mais humanistas, por conseguinte! Sem dizer, mas já dizendo, que a educação plena, entre outros direitos sociais previstos na Constituição Federal é direito de “todos os brasileiros”, sem distinções. (Artigo 6º)
Talvez o nosso recente progresso já nos de expectativa de realizações mais promissoras. Porém, como dizia um comercial de TV: “Potência não é nada sem controle” – não o controle opressor é claro, mas o direcionamento das nossas capacidades. Ou seja, além de inegavelmente estarmos nos enquadrando numa hipótese de potência econômica, também temos o dever de qualificar este potencial, e a educação é o meio. Talvez, criteriosamente informados, comecemos a pensar como sociedade de língua portuguesa, nascidos num país tropical de clima ameno, com imensos recursos naturais e amantes do futebol que somos. Talvez comecemos a nos enquadrar em uma unidade e nos sentir de fato participantes de um povo com história e desafios. F.Tasso
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Innervisions!! Clássico do Steve Wonder!
Pérola!
Para escutar e arrisar alguns passos, ir além, exercitar a sensibilidade através do talento deste artista americano visionário!
Foi quando Steve Wonder fundiu seu incrível talento como compositor com sua preocupação política/social durante a década de 70, que produziu uma série de excelentes álbuns, essenciais para qualquer coleção de discos que se preze. E este é um deles.
Innervisions contém pérolas como “Living for the City”, com oito minutos de duração e causa uma ótima impressão devido ao poder narrativo de Wonder, trazendo a juventude negra do interior do Mississipi para a cidade. “Too High” fala basicamente sobre drogas e é guiada por uma grooveada linha de baixo. “Higher Ground” - posteriormente gravada pelos Red Hot Chili Peppers - ilustra todo o potencial funk/soul do compositor.
O álbum é a expressão musical de um gênio que conseguiu falar de temas como reencarnação e meditação transcendental em um contexto pop, e ao mesmo tempo lançar manchetes políticas escandalosas. Innervisions prova que Stevie Wonder foi realmente um deficiente visual visionário, que enxergava muito além da maioria dos artistas da época em que o disco foi lançado.
Resenha: http://www.revistatoro.com.br/reviews.php
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
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Na época em que viajei regularmente ao Ártico, sempre perguntava aos yupiks, inupiats e inuits como eles definiam as pessoas que pertenciam à civilização da qual eu fazia parte. "Solitárias" foi uma resposta que ouvi com perturbadora frequência. A cura para a solidão, acabei por me dar conta, não está no aumento dos contatos sociais. Encontra-se antes na capacidade de estabelecer e manter relacionamento consequentes e num clima de intimidade. Decidi falar sobre isso porque é o desejo de intimidade aquilo que sinto com mais força toda vez que percorro paisagens como essas, tão bem evocadas nestas páginas. E aprendi que jamais sou invadido pelo entusiasmo provocado pela intimidade a menos que me torne vulnerável ao local, a menos que me aproxime da paisagem sem nenhum preconceito, a menos que confie na indiferença do lugar em relação a mim. Assim, sempre que viajo, tento me aproximar do território como se ele fosse uma pessoa. Tento me relacionar com ele como se tivesse sentido tão complexo quanto a personalidade humana. Para tanto espero que ele se manifeste. O tempo que for necessário. Espero. E espero.<
Por Barry Lopez, na reportagem "Terra de Gelo"
*Texto publicado na edição de Dez/07 da National Geographic.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Fax para Sérgio (SHOWBIZZ)
De: Zeca Camargo
Assunto: Deus
Sérgio, não vai dar para disfarçar: Odelay é o melhor disco do ano. Claro que eu não usei essa frase na resenha, como você pode conferir. Mas nothing compares to DIS! Listen: E um dia chegou Beck e acabou com tudo. Com essa bobajada de rock alternativo, com essa corja de bandinhas de nomes espertos, com essa chatice de guitarras que não querem dizer nada e com a inútil avalanche de vocais roucos e pseudônimos. Completamente moderno, Beck acabou com tudo isso com uma manobra tão simples, mas tão simples, que não dá para acreditar como tantos artistas se esqueceram disso: ser original. Odelay não se parece com nada que foi lançado nos últimos anos, nem mesmo com o anterior de Beck, Mellow Gold. Por isso mesmo, o disco tem uma importância tão grande na quebra de barreiras quanto Achtung Baby, do U2, ou 3 Feet High And Rising, do De La Soul. Seria difícil resistir à tentação de não evocar Sgt. Peppers, não fosse pelo fato de que Beck não ligasse para uma comparação desse nível. Então, dane-se. Vamos nos concentrar em algumas das tantas razões que tornam Odelay uma obra-prima. Que tal dez para começar?
1 - O refrão de "Devils Haircut";
2 - O clima bossa-nova de "Readymade", confirmado em seguida por alguns acord de "Desafinado";
3 - O sambinha (com direito à cuíca) misturado com eletrofunk (início dos anos 80) de "High 5";
4 - O potencial hipnótico de "Where Its At";
5 - A levada fofa de "Jack-Ass";
6 - O clima oriental de "Delerict";
7 - A bizarra combinação de blues com soft dance e até com uma sanfona (será de baião?) e mais umas distorçõezinhas em "Hotwax";
8 - A introdução de "Novocane";
9 - A retrô new wave de "Minus";
10 - "The New Polution" (inteirinha, sem especificações); Como Já foi sugerido, essas são só as dez primeiras razões. Outras virão.
domingo, 20 de janeiro de 2008
Tem obras suas no acervo do MON...Segue trecho de uma das cartas enviadas à Suíça:
"As vinhas estão carregadas de frutos que começam a amadurecer, a vindima seráem janeiro, temos cana-de-açúcar o ano todo, também as bananas, de abril asetembro são as laranjas e outras frutas; portanto, vez que, neste país privilegiado,as flores e os frutos se sucedem sem interrupção o ano todo. Mas, também existe oreverso da medalha: as febres intermitentes (que não existem quase sobre asmesetas do interior), a dificuldade da criação do gado, por causa dos “vampiros”(morcegos) que chupam o sangue dos animais, ocasionando-se úlceras, onde asmoscas depositam suas larvas. Também deve-se pensar em um país onde não fazfrio, nem inverno, o verde é constante, as ervas daninhas crescem com um vigordesconhecido na Europa, sendo o principal trabalho do agricultor arrancá-las,secando-as e deixando sobre o terreno, formando uma cobertura vegetal, pois, senão são extirpadas, asfixiam as plantas que nada produzem; apesar de todos estesinconvenientes e de outros, este é um paraíso para as pessoas pobres, honradas etrabalhadoras, que vivem em abundância e não temem os longos invernos daEuropa, tão frios e terríveis para os pobres."
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
sobre a expansão do universo...
[Mas a descoberta mais curiosa e inesperada, aquela que de fato iria "modificar profundamente nossas concepções fundamentais do espaço e do tempo", como previra Spitzer, ocorreu no ano seguinte ao de sua morte. Duas equipes de astrônomos estavam usando o Hubble para investigar supernovas - explosões de estrelas - em galáxias remotas no espaço e no tempo. Estavam interessados sobre tudo em uma categoria específica de supernovas cujo o brilho intrínsico faz com que sejam usadas como "velas-padrão", convenientes para avaliar as alterações do ritmo de expansão do universo desde que a luz foi emitida nas longínquas explosões. A expectativa deles era encontrar uma redução no ritmo de expansão ao longo das eras, pois supunham que a expansão cósmica deveria ser contida pela atração gravitacional exercidas por todas as galáxias entre si - da mesma maneira que uma bola de futebo, lançada para o alto acaba perdendo impulso e velocidade por causa da gravidade terrestre. Se a desaceleração cósmica estivesse acima de determinado valor, o universo acabaria por interromper sua expansão e sofreria um colapso, como uma bola retornando a superfície da Terra; caso contrário, se a desaceleração fosse menor que o valor de referência, o universo continuaria a expandir-se indefinidamente. Estupefados, os astrônomos não encontraram nenhuma redução na expansão cósmica - pelo contrário, ela estava aumentando. Além disso, tal aceleração imprevista teve início a 5 bilhões de ano. É como se uma bola, ao ser lançada no ar, tivesse sua velocidade primeiro reduzida e depois acelerada, desaparecendo em seguida na distância. Ora, nenhuma força natural existente na Terra é capaz de tal coisa - e nenhuma força no universo conhecido poderia estar acelerando a velocidade de expansão do universo. E essa força recém-descoberta não é nada sútil: com base na famosa equação E=mc², formulada por Einstein - segundo a qual a energia e a matéria são lados da mesma moeda -, os cientistas calculam que a nova força compreende nada menos que 70% de toda a amtéria e energi do universo.] Por Timothy Ferris, National Geographic, Nov 2007 - foto: nasa